sábado, 4 de agosto de 2007

Analisando Pilotos: Six Feet Under



Alguém aqui já perdeu um parente próximo? Já teve que lidar com vizinhos, amigos, família, quando na verdade queria ficar sozinho? Já percebeu que o mundo que você conhecia desabou e nunca mais será o mesmo?

E não se enganem. Quem não passou por uma perda de um parente muito próximo não tem noção de como as coisas mudam. Ao mesmo tempo em que os podres vêm à tona, a procura por dias melhores cresce dentro de cada um. E isso meus amigos, é a graça da vida.

E foi por isso que devo ter gostado tanto desse piloto, que admito chegou a cansar em alguns minutos, mas que faz refletir que na vida temos duas escolhas: 1 – vamos de encontro ao nosso destino fazendo acontecer. 2 – a vida vem e cobra uma atitude nossa.

Eu não sei do desenrolar da série, mas sei o que é perder alguém tão próximo, e o mais triste que todos os erros cometidos, toda a culpa que sentimos poderia ser evitada, mas foi necessária a perda para aprendermos ou relembrarmos o que realmente importa. E essa nova pessoa que está nascendo não se dá conta que o seu antigo eu morreu, mas as coisas acontecem de forma gradativa (e o piloto mostrou isso muito bem). E de repente você não é mais o mesmo. È doloroso, mas é mágico, porque em alguns casos a morte nos traz significados, nos mostra os erros cometidos, nos faz reatar com laços que imaginávamos estarem quebrados para sempre.

E assim temos talvez a grande lição da vida: ela nunca será fácil, mas quem disse que deveria ser? O que importa é não nos esquecermos de quem somos e de quem está com agente. E não estou falando daqueles que estão nas festas e baladas da vida e sim aqueles que nos aceitam como somos e que acreditam em nós quando o mundo parece ter desistido. E enfim viva, porque um dia você vai morrer, e essa deve ser a pior coisa da morte: saber que poderia ter sido muito mais do que aceitou ser. E isso meus amigos, tenho quase certeza que é a definição de Six Feet Under.

P.S: para quem já admira o trabalho de Michael C. Hall em Dexter, peço que dêem uma olhada no piloto e fiquem pasmo com o grau de interpretação dele. Se eu já o admirava, acabei de entrar para seu fã clube. Em poucas palavras, é incrivelmente tenso.

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu nunca perdi alguém realmente próximo, nem imagino como é isso. Mas já tive uma grande amiga que perdeu o namorado, e eu fiquei tão triste por ela que nem imagino como vai ser quando eu perder alguém próximo.

Na verdade só vi pedaços de Six Feet Under, na tv aberta. Tenho muuuuita vontade de ver a série, mas nessa correria de séries novas acabo nunca arranjando tempo pra ver séries antigas. Estou pensando seriamente em pedir o box no meu aniversário, assim fica mais fácil de acompanhar. Mas já sou MEGA fã do Michael C. Hall por Dexter.

Anônimo disse...

Eu ainda não assiti, acredita? Só o piloto... Mas passava muito tarde.

Mas o texto ficou ótimo, mesmo, muito legal essa fato do episódio remeter a vida da gente.

Beijos

Si

Unknown disse...

VALEU CARA... VALEU MESMO